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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Biblioteca Virtual - Domínio Público

E-mais aterrorizantes correm por aí. Normal. Anunciam novos vírus que circulam na internet, alertam sobre os perigos da vacina contra a Nova Gripe, isto sem contar aqueles sobre os candidatos à eleição deste ano.
Mas recebi um hoje que valeu a pena. Não lembro de ter visitado o site domínio público, do Ministério da Educação e o e-mail avisava que iam fechar o site por causa do pequeno número de acessos.
Além de entrar no link e achar incrível a possibilidade de ler e baixar clássicos pela internet, encontrei uma notícia do meio de 2009 que falava deste e-mail circulando e que o MEC não vai fechar o endereço.
Eles têm uma seção só de Machado de Assis, com biografia e disponibilizando a obra completa do autor. Se for pra baixar livro na internet, que seja em um portal confiável assim.

Meus Clássicos - Lista

Como tinha dito nas primeiras postagens, estou colocando a lista de livros que pretendo ler e comentar aqui nos próximos meses. São aqueles dos quais sempre ouvi falar e sempre quis ler, mas muitos poucos realmente li. Também tem alguns que já conheço (li) e pretendo reler pois sei que são bons. A lista ainda é provisória, apenas um roteiro.

Ontem foi a vez do Retrato de Dorian Gray chegar às bancas. Já comprei o meu, encadernação linda, cheirinho de novo!

Antigos

Ilíada – Homero (séc VIII a.C.)
Odisseia - Homero
Édipo Rei – Sófocles (427 a.C.)
Decamerão – Bocaccio (1348 a 1353)
A divina Comédia – Dante Alighieri (1307 a 1321)

Língua Inglesa

Orgulho e Preconceito – Jane Austen (1700)
Oliver Twist - Charles Dickens (1837)
O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë (1847)
David Copperfield – Charles Dickens (1849)
Moby Dick - Herman Melville (1851)
O retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde (1890)
Mrs. Dalloway - Virginia Woolf (1925)
As vinhas da Ira – John Steinbeck (1939)
Por Quem os Sinos Dobram - Ernest Hemingway (1940)
1984 - George Orwell (1949)
Moby Dick - Herman Melville (1851)
O apanhador no campo de centeio – J D Salinger (1951)
O grande Gatsby – F. Scott Fitzgerald (?)
A mulher do Próximo – Gay Talese – (?)

Literatura Brasileira

Quincas Borba – Machado de Assis (1891)
Dom Casmurro – Machado de Assis (1899)
Os Sertões – Euclides da Cunha (1902)
Angústia – Graciliano Ramos (1936)
Olhai os Lírios do Campo – Érico Veríssimo (1938)
O tempo e o vento - Érico Veríssimo (1949 a 1962)
Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa (1956)
Dona Flor e seus dois maridos – Jorge Amado (1966)

Portuguesa

Os Maias – Eça de Queiroz (1888)
O crime do Padre Amaro - Eça de Queiroz (1875)
O nome da Rosa – Umberto Eco (1980)
A Peste – Alberto Camus (1947)
Ensaio sobre a cegueira – José Saramago (1994)
Ensaio sobre a lucidez – José Saramago (2004)

Russa

Os irmãos Karamazov – Dotoiévski (?)
Crime e Castigo – Dotoiévski (1866)
Ana Karênina – Leão Tolstoi (1877)
Lolita – Vladimir Nabokov (1955)

Lingua Espanhola

Don Quixote – Cervantes (1605 – 1615)
Cem anos de solidão – Gabriel Garcia Márquez (1967)

Francesa

Cândido - Voltaire (1759)
O Vermelho e o Negro - Stendhal (1830)
Madame Bovary – Gustave Flaubert (1857)
Germinal – Émile Zola (1885)
No Caminho de Swann - Marcel Proust (1913)
Ilusões Perdidas - Honoré de Balzac (1933)

Alemã

Fausto – Goethe (1806)

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Filho Eterno


Este fim de semana fui para Curitiba com uma empresa especializada em levar o pessoal para fazer concursos. Bom, o que eu fui fazer lá?
Na ida estava aquele climão, ou era o sono mesmo de quem tinha que estar num sábado de manhã no local de saída da van. Como sempre, enquanto não conseguia dormir, fiquei pensando em algumas coisas, principalmente na ansiedade e nesta vontade de passar em concurso público. E isto me lembrou um livro incrível que li ano passado - O Filho Eterno, do curitibano - que na verdade é catarinense - Cristóvão Tezza.
Minha irmã e meu cunhado mostraram o livro para a família nos dias em que meu pai esteve no hospital ano passado.
É um romance autobiográfico do Tezza, na época em que sonhava em se tornar escritor e teve seu filho, com sindrome de down. Imaginem como era, se não me engano na década de 90, se hoje ainda há um preconceito enorme.
O autor não conseguia aceitar este filho, demorou anos para falar que tinha um filho com síndrome de down, o Felipe. E Tezza fala com sinceridade para seus leitores, abre a sua alma, revela seus pensamentos, mesmo aqueles que qualquer outro teria vergonha em partilhar.
Enquanto lia, como que partilhei as angústias com o autor. A dificuldade em aceitar seu filho, a infelicidade profissional.
Quando, em certo momento, ele começa a dar aulas na Universidade - professor concursado - ele fala quem mesmo não admitindo, "9 em cada 10 brasileiros sonham em ter um emprego público". E todas as experiências que eu tenho só confirmam isto.
Um livro para qualquer pessoa, qualquer família.

_1º lugar na categoria romance do prêmio Jabuti 2008