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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Swan Lake na Metropolitan Opera House

O incrivel de estar numa cidade que tem as quatro estações bem definidas e que voce aprende a curtir as peculiaridades do momento. Sempre digo que gosto mais de frio do que de calor, minha desculpa e que uma hora de tanto colocar blusas, a sensação de frio passa. Agora o calor você tem que suportar. Sair sem roupa nao vai ajudar em nada, o máximo que voce consegue e uma prisão ou insolação. Mas nos dias em que Maringá resolve imitar Curitiba e a temperatura fica próxima de zero, esqueco meus principios e comeco a reclamar do inverno.
Spring Season do American Ballet Theatre
Agora, em Nova Iorque, o verao e tao bem recebido que fico ate receosa de reclamar do calor. O Central Park fica cheio, as pessoas parecem mais alegres (so parecem, porque se voce hesitar na hora de perguntar algo ou na hora de fazer o pedido na lanchonete eles j’a gritam: “Next!” e simplesmente te deixam ali sem graca), e tem os eventos especiais, muitos ao ar livre.
Como as paradas, o Shakespeare in The Park (nao consegui o convite ainda), os filmes no Bryant Park (tentamos esta segunda mas estava chovendo) e os shows de verão. Os programas matinais Godo Morning America, da ABC, e o Today, na NBS, convidam artistas para se apresentarem em locais públicos e transmitem de la. O primeiro no Central Park, o outro na Rockefeller Plaza.
E hoje foi dia de Summer Concert (sempre de sextas) – LMFAO no Central Park e Maroon 5 no Rockefeller. E todos que eu conheci dispostos a acordar de madrugada pra chegar no lugar as 6 da manha queriam ir neste LMFAO. Conheço apenas uma musica, mas nao posso dizer que conheco a banda (grupo, ou sei la).
Entao resolvi ir sozinha no Maroon 5. Coloquei o despertador para 4:45, acordei (devo ter dado um urro de urso de preguiça quando tocou), mas comecou a chover. Assim, cronometrado. No meu raciocinio de pessoa quase nao acordada pensei, OK, o ceu esta conspirando para que eu nao va. Ainda tenho que pegar o metro, caminhar umas 14 quadras. Nao posso me molhar ou molhar meus livros, minha camera…Vou dor….Pronto, ja estava dormindo novamente. As 8 liguei a TV e assisti um pouquinho de cada show. Nao estava mais chovendo.

Depois de contar esta saga de algo que nao assisti, vou falar de outro evento sazonal. A Spring Season do American Ballet Theatre que começou quando ainda era primavera e vai ate sábado que vem. Nesta época, eles apresentam vários espetáculos, um a cada uma ou duas semanas, e eu comprei ingresso para Swan Lake.

Fui com a escola, eram apenas quatro alunas e mais a professora que resolveu fazer o trajeto de onibus porque precisavamos estar as 19:15 no Lincoln Center e andar de metro entre as 18 e as 19 e complicado em Manhattan .
Nunca tinha ido no Lincoln Center for the Performancing Arts e fiquei encantada. Sao seis predios na Broadway dedicados a arte. Logo que voce cruza a avenida, da de cara com a Metropolitan Opera House, a esquerda tem o David H. Koch Theater e a direita o Avery Fisher Hall. Entre o Fisher Hall e a Opera House tem um jardim com acesso a dois prédios da Juilliard School e ao Lincoln Center Theater e a New York Public Library for the Performancing Arts.
Lincoln Center - o predio da esquerda e o The Metropolitan Opera
Como estavamos em cima da hora, entramos na Metropolitan Opera House onde ia acontecer o ballet. O salao principal tem uns lustres maravilhosos. Na sala tambem, mas nao e permitido tirar foto. Mesmo assim, muitas pessoas ignoravam o aviso. 
Foto "Estou aqui, mae!"

Comprei o convite por $ 25, entao nao estava esperando um lugar bom. Estavamos no ultimo balcão, num lugar tao alto que podia dar vertigem ao mais desavisado. O único problema e que sentou um cara alto na minha frente e precisei ficar durante os dois primeiros atos com a cabeca inclinada para desviar minha visão dele e do corrimão da escada. Dois primeiros atos porque na hora do intervalo, o casal de brasileiros do meu lado se levantou, pegou as coisas e se despediu. Fiquei pensando que eles iam ao banheiro ou comer alguma coisa na lanchonete, mas eles foram embora mesmo. Depois tem alguem que fala que isto e coisa do interior. Eles eram do Rio de Janeiro.
No intervalo conheci outra pessoa mais gentil do que da para acreditar. Estava na fila enorme para ir ao banheiro e uma senhorinha veio me contar que tinha outro la em cima que ninguem usava porque nao conhecia. E ainda fez questao de me levar ate metade do caminho, mesmo com dificuldade para subir as escadas. E realmente nao tinha fila e ainda tinha uma vista linda do jardim em frente (ou nos fundos, nao sei) da Juilliard.
entrar de dia, sair de noite




Voltando ao Swan Lake, fiquei apaixonada. A plateia vibrava a cada danca como se estivesssemos em um jogo de futebol. No lugar dos gritos, aplausos e mais aplausos. Apesar de ter lido o enredo no inicio, so no intervalo fui olhar os bailarinos. E nao e que encontrei outro brasileiro? O principe do Lago dos Cisnes e de Manaus e esta ha 15 anos no grupo, 10 como um dos principais. Isto me fez amar mais ainda o espetáculo. No fim, quando ele foi ovacionado por minutos, fiquei tentando imaginar o que ele pensa naquele momento. Orgulho, satisfacao ou apenas cansaço. Nao consegui chegar a uma conclusao.
Fiquei emocionada. Duas horas e meia de fantasia bem no centro de uma selva de pedras. Coisa louca. Que eu recomendo a todos.










3 comentários:

  1. Adorei! Você fala na Julliard e asqui me lembrando de um filminho sessão da tarde que a menina queria aprender balé aí! hehehehe Que bom que vc tá curtindo! Bjks Poli

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  2. Vi as fotos no Face. Cada uma mais linda que a outra. Li o texto todinho aí acima. Nota dez. Vontade de ir passear em NY. Abração.

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