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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A ultima a saber (ou Quando pedir informação se torna essencial)

Um dia na aula de francês a minha professora estava explicando o motivo de os franceses parecerem antipáticos perante alguns turistas. Por exemplo, ela lembrou que turista é cheio de pedir informação e isto é algo que eles realmente não gostam, "afinal, esta tudo escrito, se você observar no mapa a estação e o sentido não tem como errar!"
A minha professora nova-iorquina também tinha a mesma opinião. Se a gente pegasse o mapa do metro, chegava bem próximo de onde queríamos. Era so olhar a estação mais próxima - o Google Maps funciona para isto também -, pegar a linha no sentido certo, observar se é um expresso ou local. No começo parece muita informação, mas em dois dias você pega o jeito.
Qualquer coisa, faz como eu fazia. Vez ou outra entrava no metro certo mas perdia a estação. Ficava observando atenta até a anterior a minha, mas não sei o que acontecia nos minutos seguintes e so "acordava" umas três estações para frente. Como sempre tinha um tempo a mais para o caso de o metro andar devagar ou de eu fazer estas trapalhadas, voltava, fazer o que.
Realmente, pedia informação para usar o transporte publico em Nova Iorque apenas para confirmar o que estava escrito: "este ônibus passa mesmo naquela rua?" No metro nunca perguntei. E vamos combinar que não é coisa de homem, ninguém gosta de ficar perguntando.
Hoje, aqui em Curitiba, tentei fazer a mesma coisa. Pesquisei o tubo mais próximo de onde precisava ir e peguei um biarticulado na Sete. Olhei o sentido - Santa Cândida - e ali estava Holanda a umas 12 paradas. Depois do terminal Cabral, percebi um tubo desativado e gelei: "So falta ser o meu". Continuei e duas paradas adiante resolvi perguntar para a senhora do meu lado se o ônibus havia passado o Holanda. Sim, era aquele desativado ali atras.
Desci correndo e fiquei xingando quem resolveu desativar um tubo e manter o nome da estação nas outras, como se ele ainda estivesse funcionando. Sei que não sou daqui - ainda -, e que a empresa pode ter feito alguma publicidade antes de isto acontecer, mas então porque não apaga tudo para não causar este tipo de problema para os usuários? Afinal, a passagem custa R$ 2,60  e o ônibus so não estava mais lotado do que o metro de Nova Iorque depois dos fogos do Dia da Independência dos EUA. E este é o sistema de transporte modelo do Brasil. Tenso...

* Pelo menos a minha experiência de hoje não foi um desastre. Na volta, também com o biarticulado lotado (isto foi as 15 horas, não adianta dizer que na ida o "problema" era pontual da hora do almoço), estava em pé entre o primeiro vagão e a mola de ligação com o segundo, com as duas pontas dos pés na parte fixa e os calcanhares na borracha daquele circulo do engate. Conforme o ônibus virava e carregava a outra metade como uma minhoca se mexendo o meu calcanhar ia junto como se estivesse dançando. Que coisa divertida! Recomendo para aqueles que assim como eu acabaram de sair do consultório de um psiquiatra para um exame admissional!

Um comentário:

  1. eles conseguem piorar o transporte coletivo a cada dia que passa. e depois reclamam q td mundo só quer andar de carro. pq será?

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