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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Flushing Meadows Corona Park, o segundo maior parque de NYC

Todos conhecem o Central Park. Bem no meio de Manhattan, a área verde gigante com direito a zoológico, campos de vários esportes e ate avenidas é conhecida por pessoas do mundo inteiro. Mas conforme você vai se afastando das atracões turísticas mais populares de Nova Iorque e cruzando o East River em direção aos outros boroughs - ao todo são cinco partes que compõe a cidade: Manhattan, que muitos usam como sinônimo para Nova Iorque; Bronx, norte; Brooklyn, sudeste; Queens, leste; e Staten Island, sul - acaba descobrindo outras atracões e tem certeza de que dois meses aqui é pouquíssimo tempo para explorar tanta coisa. Ainda mais se você tem aula todos os dias de semana a tarde.
Indo para a estação Astoria-Ditmars de todo o dia, esta e uma cena que vejo
diariamente ao cortar caminho numa viela. Como no domingo eu era dona
do meu tempo, resolvi parar e fotografar estes animais que devem estar
planejando dominar o mundo 
No meu primeiro dia aqui, queria conhecer este parque que encontrei no meu guia, o Flushing Meadows Corona Park. Ele é o segundo maior da cidade, mas fica bem fora de mão aqui no Queens. Apenas a linha 7 do metro chega ate la, mas mesmo estando na mesma regiao da cidade, eu precisei ir ate a estação Queensboro Plaza - a ultima ainda no Queens das linhas Q, N e 7 - e retornar em direção ao "interior" do bairro. O tempo estava meio estranho, mas tinha acordado tarde no domingo e perdido um programa com o grupo de brasileiros em Manhattan. Como pressentia que o parque não seria tão emocionante assim, queria ir sozinha para não ser responsável por levar alguém a um passeio desinteressante.
A estação do metro 7 e no meio, para um lado o City Field, para o outro o parque
Esta semana! Para os apaixonados por Batman
No parque, entre as quadras de tênis
Mas não achei o parque desinteressante. Ele é descuidado. Muito lixo no chão seguindo o padrão de outras regiões de Nova Iorque, como qualquer um percebe ao olhar para o lixo nos trilhos do metro que atraem ratos vez ou outra, e descaso com os monumentos. Neste calor de não sei quantos graus, porque aqui eles usam Fahrenheit e tenho preguica de transformar em Celsius ou pesquisar a maxima todos os dias - as fontes estavam desligadas e sem nenhuma água, o que aumentava a sensação de abandono apesar das milhares de pessoas aproveitando o dia la.
Fontes (?) com Unisfera ao fundo
Na década de 1920, o lugar era conhecido como Corona Dump e era basicamente um pântano que servia de deposito de lixo. Até mesmo na placa na entrada do parque, eles fazem questão de lembrar que em O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald se refere a este local como "valley of ashes" (vale das cinzas). A área virou um parque para abrigar a Feira Mundial de 1939 com a esperança de que a feira daria lucro e compensasse o investimento. O contrario aconteceu e o parque ficou abandonado ate receber melhorias para outra Feira Mundial, a de 1964. Destas épocas datam as capsulas do tempo enterradas na entrada do parque - em 1938 e outra em 1965 -, a Uniesfera -  símbolo da ultima feira ela pesa 350 toneladas e tem a altura de um prédio de 12 andares, quando o metro se aproxima do parque e a primeira coisa que da para ver -, o New York Hall of Science. Também faz parte do "complexo" o City Field, o estádio do clube de beisebol Mets, o Queens Museum of Art, o zoológico do Queens e o USTA Billie Jean Jung National Tennis Center (NTC) onde acontece o torneio de tênis dos EUA. 

Unisfera e estatua Rocket Thrower

Rocket Thrower
Este garotinho me fez lembrar do Fantástico mundo de Bob, desenho da minha infância!
Estava acontecendo um evento com exposição de vários países da America Latina,
mas nao havia Brasil, so aqueles que falam em espanhol

antes da apresentacao


Mesmo naquele lugar nao tao encantador, fotos de casamento e um fotografo se matando

Ao fundo, Form, outra escultura de 1964



Resolvi relembrar este fim de semana porque notei que quase não escrevo sobre eles aqui. Eles sempre são ótimos, este começou com uma despedida de dois colegas da sala, um que estava desde o meu primeiro dia de aula aqui, numa festinha que tinha de salgadinhos a doces coreanos. Depois, fomos ao concerto da New York Philharmonic. Na semana passada e no inicio desta a orquestra tocou nos parques, e parte da programação de verão da cidade. Fomos no concerto no Central Park onde eles tocaram a Quarta Sinfonia de Tchaikovsky. Durante o intervalo, eles iam tocar duas pecas de Respighi, começou a chover. Estávamos com todo o material e câmeras, no meio do parque e resolvemos ir embora. Mas foi uma experiência incrível. Contei umas cerca de 5 mil pessoas. Todas sentadas por duas horas esperando o concerto começar e após o inicio, um silencio inacreditável naquele lugar com tanta gente. Maravilhoso.

Turma do Toefl ate a semana passada na escola, quando dois alunos estavam se despedindo

Central Park: concerto da New York Philharmonic

Eram milhares de pessoas, calculei por cima mais de 5 mil, a maioria em silencio total
quando a orquestra começou e o som nao chegava tao bem nas laterais. Uma
experiência única

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