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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dez horas no centro de São Paulo

Antes voltar à preparação da viagem (só faltam oito dias!), quero registrar outros passeios que fiz em São Paulo no fim de semana. Mesmo sabendo que é impossível conhecer qualquer cidade em tão pouco tempo, valeu para reconhecer o terreno.
Assim que marquei a data no consulado de SP, comecei a anotar lugares que gostaria de conhecer (pelo menos ver) em São Paulo. Por três dias perdi a exposição dos painéis Guerra e Paz de Portinari (cada um com 10X14 metros), mas minha lista era tão grande que nem lamentei (muito).
Queria ir novamente ao Museu Paulista ou do Ipiranga. Como ele fica distante das outras "atrações", separamos o sábado para ir lá. Chegamos na estação do Ipiranga e encaramos a caminhada de uns dois quilômetros até o local. O problema é que o museu é num lugar alto e já cheguei lá cansada. Aconselho aos sedentários como eu ver se não compensa descer na estação de metrô Alto do Ipiranga, é mais longe, mas talvez esteja na mesma altitude. Ou pegar um táxi de vez.
Os jardins são lindos. Lá dentro (a inteira é R$ 6), fiquei brava por mais uma vez não poder fotografar. Se for para preservar algo é só pedir para não usar flash. E fiquei espantada ao descobrir que aquele prédio enorme foi construído apenas como um monumento à independência, que ficou pronto após a Proclamação da República e logo virou um museu. Nunca tinham me contado isto! Ou eu não procurei saber.
O lugar é um ponto de caminhada e de passeio em família. No caso da foto,
o menino tava escorregando na rampa ao lado das escadarias...
(Fotos: Poliana Lisboa)
Fui em todas as salas e, claro, um tempo maior na sala do quadro Independência ou Morte de Pedro Américo, vendo os estudos que ele fez antes de pintar a imagem que aparece em todos os livros de história (pelo menos aparecia na minha época).
Depois fomos ao Parque da Independência é só descer, onde tem a Casa do Grito (que aparece no quadro de Américo), e fizemos uma tentativa frustrada de visitar o mausoléu. No domingo ia ter um festival da Cultura Inglesa e o lugar estava todo fechado com tapumes. Ninguém entrava.
Uma pena.

No domingo fomos em grupo para fazer o roteiro: Mosteiro de São Bento, Teatro Municipal, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Catedral da Sé e finalizar no Mercado Municipal. Como queríamos passar por muitos lugares, fomos aproveitando durante uma longa caminhada de umas quatro horas.
Igreja do mosteiro de São Bento

Descemos na estação São Bento e logo já avistamos a igreja. Estava tendo missa e como fechava logo em seguida, demos uma "espiada" e fomos no viaduto Santa Ifigênia (sempre achei que fosse com "e", mas dei um google aqui e as fontes mais confiáveis colocam assim), de onde dá para ver o prédio mais alto de São Paulo (e do Brasil) com 170 metros, o Mirante do Vale. Como ele fica no Vale do Anhangabaú, não dá a impressão de ser tão alto.


Foi lá que vimos a primeira escultura "Event Horizon" (já coloquei uma foto aqui) que foram instaladas recentemente em São Paulo depois de passarem por Nova Iorque Londres. Ao todo são 31 homens nus feitos por Antony Gormley espalhados nesta região da cidade: 27 nos altos dos prédios - desde o Edifício Martinelli até o prédio do Tribunal Regional Eleitoral - e quatro no chão, destas encontramos uma no viaduto do Chá e outra indo na Rua São Bento.

Depois que você vê o primeiro homem você começa a procurar os outros e conforme íamos para o Teatro Municipal ficávamos com a cabeça para cima.



Por causa de uma indicação errada, passamos direto pelo CCBB. E, indo ao teatro o namorado da minha amiga, que mora em SP, fez o papel de guia mostrando o Edifício Martinelli (que tinha chamado a minha atenção lá do Largo de São Bento), a Bovespa, o Edifício Altino Arantes (que era do Banespa e agora é do Santander) com arquitetura inspirada no Empire States de Nova Iorque, o prédio dos Correios... 

Da esq para a dir: Banco do Brasil, Bovespa,
Santander e Martinelli
No Edifício Martinelli outra escultura quase
querendo pular
Foi uma pena não conhecer o Teatro Municipal por dentro. Tinha entrado no site e procurado informações de visita guiada, mas só encontrei sobre o museu e, ao chegar lá, estava tudo fechado. A moça do museu lembrou que só dá para marcar visitas pelo site. Vontade de me matar naquele momento...Agora, encontrei o lugar de agendar. Caso alguém precise, o link é este aqui. 
A saída foi espiar e ficar imaginando como é estar na sala
principal...


Atravessamos o viaduto do Chá e viramos na São Bento até o Largo São Francisco com mais de uma dúzia de moradores de rua, alguns cantando no meio da rua, outros apenas dormindo, assim como no Largo de São Bento, não é um lugar onde dá para se sentir seguro...Ao lado da Faculdade de Direito da USP (localizada num prédio do século XVI) tem a igreja de São Francisco reformada há pouco tempo e muito linda também, mas também estava tendo missa.
De lá fomos para a Catedral da SéEm 2013 completam-se 100 anos do início da construção desta nova catedral. A arquitetura é inspirada em Notre Dame (não conheço, mas as fotografias estão aí para isto) e, segundo o atendente da loja de lembrancinhas, não encontraram nenhuma empresa disposta a fabricar miniaturas dela para os turistas.
Na Praça da Sé tem o marco zero de São Paulo e estávamos vendo a direção de outras regiões do país na pedra quando um cara começou a pedir esmola quase tirando a minha bolsa. Hora de partir, mas antes  fomos até um dos 100 orelhões decorados da cidade. 
Todo mundo já estava azul de fome quando encontramos o Páteo do Colégio, onde nasceu a cidade num 15 de janeiro há mais de 400 anos. Em um anexo dentro da igreja tem uma roupa usada pelo Padre Anchieta, mas também não é permitido fotografar. 


Depois de tantas paradas, a última foi no Mercado Municipal. Uma longa caminhada e enorme fila para conseguir um lugar para sentar. Para aqueles que encararam a correria, a compensação foi um sanduíche de mortadela (eu acabei com mais da metade de um) ou um pastel de bacalhau/camarão (para quem curte pescados) naquele lugar com vitrais enormes



Vai encarar?!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Masp, Modigliani, Pedro Nava e UEL

Como já disse anteriormente, passei a última semana em São Paulo e o primeiro lugar da minha lista de "locais que eu quero conhecer" estava bem ocupado pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o Masp. Quando criança, fomos a família toda passar um dia (manhã ou tarde, não me lembro) neste museu na Avenida Paulista. Daquela época me lembro de pouquíssima coisa além do quadro Rosa e Azul de Renoir.
Rosa e Azul, Renoir (fonte: Google)
O prédio em si é uma obra de arte. Sair da estação Trianon - Masp e dar de cara com aquelas colunas vermelhas, que bom!  A visita me fez lembrar algumas passagens do livro Chatô, o Rei do Brasil de Fernando Morais (adoro as biografias deste escritor). De como o dono dos Diários Associados e homem que trouxe a televisão para o Brasil, com seus métodos pouco escrupulosos, angariou recursos para montar parte do acervo de quadros de Van Gogh, Monet, entre outros, merece atenção e pode ser utilizada como exemplo de quem defende que os fins justificam os meios.

São três andares, um deles subsolo, onde estava acontecendo a exposição Modigliani - Imagens de uma Vida. A primeira vez que ouvi falar no pintor (e escultor por um tempo, como descobri no Masp) foi por meio de uma entrevistada. Estava no terceiro ano de faculdade na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e comecei a estagiar no Portal do Servidor Aposentado da UEL. Na época, o projeto não estava no ar e só havia a ideia de contar histórias dos professores e demais funcionários que passaram pelo campus.
A professora Edina Panichi foi uma das primeiras que entrevistei e nem tinha como ficar chateada por não saber do que uma doutora falava. Toda a sua vida acadêmica girou em torno do autor Pedro Nava. Com ele participou de alguns "sabadoyles" (reunião de escritores na casa de Plínio Doyle no Rio de Janeiro) e, em 2004, o livro de seus estudos foi indicado para o Prêmio Jabuti. Num momento, para exemplificar as descrições que ele fazia de suas personagens, ela citou um tal de "pescoço Modigliani". Como devo ter feito uma cara de dúvida, ela esclareceu que era um pintor que costumava retratar pessoas de pescoço alongado, assim como o rosto.

Quadro de divulgação da exposição (fonte: Masp)

A exposição traz obras de várias fases de Modigliani, bem como de outros artistas que o influenciaram. Alguns quadros e esboços não tem estas características "clássicas", mas quando os rostos começam a ficar mais esticados, assim como o pescoço, passei a prestar mais atenção. Outro detalhe bem observado pela minha amiga que me acompanhou no Masp eram os olhos. A maioria apenas um contorno com uma cor apenas dentro deles. Estranho e intrigante.
Das histórias que li, me recordo de uma sobre a sua mulher. Após Modigliani morrer em 1920, com 35 anos, com tuberculose, Jeanne Hébuterne se matou mesmo estando grávida de oito meses. A outra filha do casal foi criada por parentes.
Jeanne Hébuterne (fonte: Google)

A exposição continua até 15 de julho e depois vai para o MON, em Curitiba. Atualmente, no Masp também é possível ver as exposições permanentes "Romantismo: a arte do entusiasmo" e "Deuses e madonas: a arte do sagrado" e a Coleção Pirelli/Masp de fotografia. A entrada inteira no Masp custa R$ 15, sendo que nas terças é de graça e não é permitido fotografar.

domingo, 27 de maio de 2012

Conseguindo o visto: dias 16 e 15

Como adoro começar do fim, já quero avisar aos que ainda não estão sabendo que consegui o visto de estudante para a viagem marcada para 8 de junho. Com todos os documentos solicitados em mãos - desde comprovante de agendamento das entrevistas e de pagamento das taxas, até declarações de imposto de renda e escritura de imóvel - vim para São Paulo. Mais precisamente para Mauá (na região metropolitana de SP) onde meus parentes moram. Cheguei na terça-feira (22 e dia 17 da contagem), um dia antes do primeiro agendamento.
Vindo para cá ouvi sobre a greve do metrô de SP e da companhia de trens marcada para quarta, dia em que eu precisava estar no bairro de Saúde no CAVS - centro onde tiram sua fotografia e impressões digitais. Tentei reagendar, mas precisava ter feito a mudança com dois dias de antecedência. A sorte foi ter agendado para 14 horas e ter um tio extremamente prestativo que se ofereceu para levar eu e minha mãe para SP neste dia de caos. Saímos três horas antes e conseguimos chegar em uma hora, nem consegui acreditar que foi tão tranquilo. No CAVS foi simples, consegui entrar antes do meu horário e às 14 horas já estava indo para o hotel.
Como o horário no consulado estava marcado para 7h30 de quinta, optamos por dormir em SP. A escolha mais em conta e próxima - dá para ir à pé - foi o Formule 1 Morumbi. A recepcionista entrega para os hospedes um mapa de como chegar, já que, segundo ela, 80% da ocupação durante a semana é por causa do consulado. E isto tem aumentado com a mudança de precisar ir em dois dias.
A preocupação era com o que aconteceria lá. Apesar de ter o visto de turista ainda válido, enquanto não escutei o"boa viagem" do entrevistador, não conseguia pensar em outra coisa. Quem me entrevistou perguntou o que eu fazia no Brasil, o objetivo da viagem, por que estudar inglês, como pagaria pelo curso e as datas. Como a passagem está para 22 de agosto, ele me deu o visto até setembro. Nem perguntei o motivo e se ele não poderia extender o prazo. Depois de 50 minutos lá, saí feliz.
Depois de cumprir o principal objetivo da viagem, voltamos para a casa dos parentes guardar a pasta de documentos que continha praticamente a minha vida em forma de papéis e combinei com a minha amiga de voltar para SP no mesmo dia passear pelo Masp.


Retrospectiva da semana: dia 12

Vou começar a explicar o que aconteceu na última semana e depois conto como foi este fim de semana com passeios incríveis por São Paulo...

Duas das esculturas de Event Horizon no centro de SP (Poliana Lisboa)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conferindo a documentação e últimos ajustes para o visto: dia 18

Meu I-20!!!
Dezenas de questões burocráticas resolvidas e uma pasta de documentos à mão. Amanhã embarco para São Paulo. Quarta tenho horário no Centro de Serviço ao Solicitante (CASV) e na quinta de manhã no consulado. Então esta semana vou ter certeza se vou poder fazer meu curso lá em Nova Iorque. Por isto minha mala tá toda no papel. Tenho uma lista de coisas essenciais para levar - e até umas não tão essenciais - para ficar mais fácil e esquecer o mínimo de coisas.
O quesito roupa não vai ser nem um pouco difícil. Desde o início do ano, pensando na viagem comecei uma fase de economia total. Só comprei umas duas meias finas (ô depressão). Nenhuma camiseta, blusa, camisa, calça, etc. Sapato então...A louca do sapato ia todo dia 20 em uma loja e comprava pelo menos um par. Mas isto era 2011. Em 2012, nenhuma aquisição nova na sapateira. Tudo para viabilizar uma temporada na terra do consumo!
E este segundo post do dia é para ajudar quem quer tirar o visto como eu. Com as mudanças desde o início de maio, a embaixada dos Estados Unidos fez um vídeo que explica os novos passos. Entre as principais diferenças, a taxa é única (US$ 160 que pode ser pago em qualquer agência bancária - antes eram várias e só podiam ser pagas no Citybank) e são dois dias para agenda. Um no CASV e outro no consulado.
Para os estudantes, ainda é preciso o I-20 - aquele documento direto da escola dos EUA - e a Sevis - um formulário a ser preenchido com dados do I-20 e uma taxa no valor de US$ 200. Hoje também chegou meu comprovante da Sevis. Já tinha um impresso do site que valia para o consulado, mas veio por correios o original. Na dúvida, claro, vou levar os dois! 
O vídeo para os interessados:


Um fim de semana diferente: dias 20 e 19

1ª Parada LGBT de Maringá (fotos de Poliana Lisboa)
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu nem contei que chegou o I-20 ainda na quinta-feira. E, depois de uma sexta turbulenta, sábado e domingo foram dias para curtir com a família.
No sábado, fui a minha última aula de inglês aqui no Brasil e, à tarde, no francês depois de algumas faltas seguidas. É muito estranho tentar comparar as duas línguas. O inglês com tempos verbais enxutos e sons bem parecidos com o sotaque do norte-paranaense, enquanto o francês tem tantas conjugações quanto o nosso português mas sons que parecem impossível para mim. E mesmo assim, palavras iguais, como fim de semana e licença (essa não dá para esquecer já que eu chego atrasada em toda aula e não dá para não pedir).
O motivo do atraso na aula de inglês de sábado foi nobre: fui no foto tirar uma fotografia 5 X 5 cm para o formulário DS-160 e para levar ao consulado dos EUA no dia 24. Cabelo para trás das orelhas e ombros, fundo branco, maquiagem para esconder a cara de sono. Aquela situação constrangedora e o fotógrafo me perguntou se eu não queria sorrir, já que para o visto eles permitem. Achei melhor não. Já cheguei a uma conclusão na minha vida - não foi difícil - de que foto de documento não é para ficar bonita e nem simpática. Não gosto de aparecer em foto. Quando sou obrigada, pior ainda. Então, nada mais normal do que sair com aquela cara de estou-assustada-mas-queria-muito-que-vocês-me-dessem-o-visto!
Como tinha até domingo para enviar o formulário com a foto, claro, deixei para finalizar no último dia e fui com meus pais dar uma volta na 40ª Expoingá. Conheço muita gente que não curte, muitas pessoas e tudo muito caro apesar da qualidade. Para mim, exposição é infância. Meu pai é agrônomo e saíamos de Umuarama ou Apucarana para Londrina ou Maringá quando era época. Vi dezenas de shows no ombro do meu pai no meio daquela muvuca, fiz ele e minha mãe perderem outros quando, depois de horas guardando o lugar, resolvia ir ao banheiro minutos antes dos shows e não conseguíamos voltar.
E sábado fomos na expo, comer cachorrão de 23 cm (duvido desta medida) e assistir um pouquinho do rodeio. Conseguimos ficar no palco, olhando os peões e os touros de cima em um dos poucos lugares que estava tranquilo para circular.
No domingo, enquanto a concentração para a Primeira Parada LGBT de Maringá começava na praça da prefeitura, eu estava sofrendo com o scanner de casa. Tenho um problema sério com impressoras. Apesar de saber que este é um problema generalizado, na hora acho que é pessoal. Desde a primeira impressora que tivemos, até no trabalho, elas só funcionam quando querem e é claro que a 3 em um aqui de casa não queria funcionar no domingo.


Tudo deu certo graças à disposição do meu pai que foi no escritório dele buscar uma impressora 3 em um que estava na caixa ainda e funcionou depois de dois sustos e quase ganhar um passeio até o térreo (saindo aqui do 15º andar). Assim que imprimi o formulário - último papel que faltava para a minha pasta de 500 gramas de documento - fomos para a rua acompanhar a parada.
Encontrei vários colegas de trabalho no meio da muvuca e tirei algumas (centenas de) fotografias...Achei incrível o número de famílias presentes e a alegria de todos. Voltei para casa com algumas músicas da Madonna e Lady Gaga na cabeça (por que será?) e não pude deixar de estranhar quando organizadores falaram da presença de 5 a 8 mil pessoas. Nas contas da família Lisboa, exagerando, éramos em 3,5 mil.

Curiosos...



O cachorro arco-íris  



sexta-feira, 18 de maio de 2012

A despedida: dia 21

Foto de Leo Castro
Na quarta-feira, quando um amigo e vizinho da ilha de trabalho mandou para mim uma crônica sobre a saída de outro colega do jornal, previ que minha despedida hoje não seria como eu desejava.
Depois de um ano e três meses naquela redação, onde aprendi muito e vivi as mais diversas experiências e os sentimentos mais extremos em relação ao trabalho, a ideia era sair como "ele", simplesmente bater o ponto como todos os dias, entrar no carro e, se o coração apertasse, lá deixar escorrer uma lágrima ou outra pensando nas pessoas que conheci e na vida de repórter que não sei se volto a ter...
Mas eu não sou uma pessoa contida. Sempre fui de falar alto, rir mais ainda e, apesar de não ter nem um pouco orgulho disso, não consigo controlar muito bem meus sentimentos.
Ainda tenho três semanas em Maringá e sempre voltarei para cá, mas talvez não reveja muitos colegas. Não vou me juntar ao pessoal no restaurante ou fazer comentários maldosos sobre a comida. Não vou mais abrir o jornal assim que chego, o que sempre resultava em satisfação ou frustração. Porque como todo jornalista também sou vaidosa e gosto de encontrar meu nome ali entre o título e a matéria.
Por isso e outras tantas coisas mais, foi muito difícil me despedir. Quando a turma da manhã começou a ir e passar pela minha mesa dar um abraço, aguentei firme. Depois, deu a minha hora de ir. Com a redação cheia novamente, mandei um correio interno para os colegas e não consegui mais esconder. Apesar de não ter um espelho sei muito bem quais foram minhas expressões e como a vermelhidão foi se espalhando pelo meu rosto. Olhos vermelhos, lágrimas, e vermelho ganhando espaço: nariz, bochechas, contorno da boca. Mais lágrimas.
"Reunião" fora da redação em dezembro de 2011: João, Vinícius e eu - Foto de Leo Castro
Não foi nem um pouco bonito e tenho só umas trinta testemunhas do meu choro com um soluço que eu tentava controlar ao chacoalhar as mãos (só por Deus porque faço isto). Assim como me despedi pela mensagem a eles, fico por aqui... Com a recomendação de leitura da crônica Porta Aberta de Wilame Prado.
Testes na redação em abril - Fotos de João Paulo Santos
E amanhã é dia de começar uma nova jornada. No meu futuro vejo uma ida para Curitiba com uma esticadinha até Nova Iorque, mas tudo é tão incerto ainda que nem me assusta mais. Afinal, ele não é incerto para todo mundo?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Escolhendo uma agência e uma escola: dia 23

Ainda procuro respostas práticas para o que sugeri no título... No meu caso, como estava interessada em fazer intercâmbio há muito tempo, posso falar em cerca de um ano, já tinha entrado em contato com algumas agências e pesquisado dezenas de escolas pela internet.
Como tinha problemas em definir um destino, focava nas escolas como a Kaplan, Els e outras grandes que tem unidades em quase todos os lugares. Algumas oferecem orçamentos nos seus sites, eu fiz vários. Quando conversei sério sobre o assunto com meus pais e eles me deram uma força dizendo em voz alta aquilo que eu estava pensando: "Se você não fizer isto agora, não fará mais", fiz uma lista de agências que tem sede aqui em Maringá (a maioria delas são redes, como CI, STB, Experimento,..) e resolvi ir à caça.
Fui em uma, mas não gostei muito do atendimento. E atendimento para mim é tudo. Ainda mais quando você está colocando nas mãos destas pessoas aquele dinheiro suado na expectativa de realizar um sonho (assim mesmo, cheio de expressões feitas porque é assim mesmo). Não me arrisco a contrariar minhas impressões.
Rua da escola pelo Google...no prédio da lateral esquerda
Na segunda agência, a da Student Traveld Bureau (STB), gostei bastante. As meninas que me atenderam apresentaram opções de escola e acomodação - no início estava vendo um alojamento estudantil ligado à escola - e achei a proposta da Rennert a mais interessante. O preço do curso de inglês regular, de 4 horas de aula por dia, era um pouco acima de outras escolas mais conhecidas, como a Kaplan, mas o curso preparatório para o Toefl ibt era o mesmo preço, enquanto nos outros lugares era mais caro.
A Rennert tem 39 anos e apenas duas unidades, a de Nova Iorque e a de Miami, e oferece também uns cursos de inglês integrado com artes, como dança, fotografia, moda. As turmas também tem no máximo 10 alunos, sendo que em outras escolas o número pode chegar a 15...Tudo isto me ajudou a decidir ao mesmo tempo a escola e a agência. Mas continuarei avaliando o desempenho de ambas até o meu retorno, em 23 de agosto.
Localização em NY: detalhe que a estação de metrô mais próxima da Rennert é a Grand Central Terminal,
de 1913, que é um ponto turístico à parte...passar lá todos os dias no caminho da escola
deve ser, no mínimo, compensador!
Sobre o curso que escolhi, o preparatório. Aqui no Brasil, depois de 3 anos e meio fazendo inglês no Fisk de Londrina durante a faculdade, parei após a formatura. Só quando voltei para Maringá e comecei a trabalhar retomei os estudos, também no Fisk, no preparatório para o exame de proficiência em inglês acadêmico: o Toefl ibt. Requisito para graduações, pós-graduações no exterior e até aqui no Brasil - para comprovar a língua estrangeira - e, claro, ótimo para o currículo.
Já estou no fim do segundo e último semestre do curso, mas como o exame tem as áreas de reading (leitura), writting (escrita), listening (compreensão oral) e speaking (fala) e eu me enrolo toda, principalmente na última, espero que a estadia lá me ajude a desenvolver aquilo que em quase 5 anos de estudos não consegui aqui. O teste expira em dois anos, mas antes disso tenho em mente fazer outros exames de proficiência permanentes, como os de Cambridge. Pausa. Uma coisa de cada vez.
Caso chegue na escola e resolva optar pelo curso geral de inglês, ainda tenho a opção de pagar US$ 40 (não tenho certeza do valor) e fazer a mudança. Bem razoável.


* Dica sobre a agência: a STB hospeda blogs de intercambistas (que façam o programa por eles), os "embaixadores" que estão em vários lugares do mundo. Para quem quer descobrir mais sobre viagens de estudo, au pair, entre outros, vale acompanhar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

I-20 em Sampa e Sevis paga: dia 24 bom demais!

A semana começou ótima. Apesar da gripe que me derrubou de sexta-feira até ontem, fui para Curitiba visitar o namorado (espero que não seja a última antes da viagem) pagando R$ 38 por causa das milhagens e hoje consegui desenrolar algumas coisas que estavam me atormentando.
A primeira foi a notícia de que o I-20, o formulário que prova que estou matriculada na escola, chegou em São Paulo. Ele está na central da STB, agência escolhida para o intercâmbio, e já segue para a agência de Maringá. Como a entrevista para o visto é semana que vem, quando eu entrei no site do FedEx e vi que o documento tinha sido entregue foi um alívio.

O caminho =)
A outra devo a minha irmã Denise. Estava aqui quase quebrando o notebook porque não conseguia fazer o formulário da Sevis - taxa para estudantes e umas outras modalidades de visto - quando ela perguntou se podia ajudar. Na verdade quase não deixei, sou muito orgulhosa e tinha certeza que estava fazendo tudo certo. Entrava no site ICE e, quando clicava em preencher formulário, caía em outra página e, ao clicar novamente, voltava ao ICE. 
Tentamos trocar o navegador e nada. Eu já reclamando que ia precisar pagar R$ 150 para um despachante preencher o formulário (sim, este é o preço aqui em Maringá, pelo menos para mim, mas não se desespere, tenho certeza que a pessoa que me atendeu não foi com a minha cara), quando ela mexeu na barra de rolagem da página e apareceu a opção. Era só escolher se queria fazer a Sevis com o I-20 ou DS-2019 (outra modalidade que não a minha). Estava todo o tempo lá mas eu não via.
Preenchi todos os dados e posso falar, é muito tranquilo. Você só precisa ter o número do I-20 e o código da escola. Como o meu I-20 ia chegar em Maringá em cima da hora, as meninas da STB entraram em contato com a minha escola e pediu os dados para eu adiantar. Selecionei a taxa express (US$ 35) do correio para vir o comprovante - não é extremamente necessário, porque para o visto só precisa do número e do comprovante que você imprime assim que processa o pagamento - mas, just in case, e paguei outros US$ 200 (a taxa mesmo).
Como ainda não liberei meu cartão de crédito internacional - vou esperar a confirmação do visto -  peguei o da Deda e paguei. Pronto! Quase chorei de emoção quando peguei o comprovante na mão. 

Já corri no DS-160 (formulário do visto que é preciso preencher e enviar em, no máximo, 3 dias antes da entrevista) e coloquei o número Sevis. Amanhã tiro a minha foto 5X5 cm para completar o DS-160 - preciso fazer o upload de uma foto e levar outra no consulado - e posso confirmar tudo para enviar. 

Uma dica para quem está pensando em embarcar numa viagem de estudos. Amanhã, às 15 horas, o consulado dos Estados Unidos no Brasil promove uma palestra para interessados em estudar inglês no país. Fiquei sabendo pelo facebook do consulado, vai ser neste site aqui. Perto do horário é só clicar em "Enter like a guest".

*Procurando aqui em casa os documentos para levar ao consulado (a pasta já está enorme, cheia de post it e subpastas), achei algumas coisas de Nova Iorque. Vou procurar um caderno de anotações de quando fui para os EUA em 2008 para postar minhas impressões daquela época e as de agora. Outra pessoa, outra viagem!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ah, os vínculos: dia 28

Recebi a confirmação de que hoje a escola mandou o meu I-20, aquele documento que preciso levar no consulado para provar que eu vou só estudar lá em Nova Iorque. Só não estou conseguindo fazer o formulário e pagar a taxa Sevis, mas não estou tão desesperada assim, tento no início da semana que vem.
Falando em questões burocráticas, ontem, aniversário de Maringá, fui num escritório que presta consultoria para tirar o visto. Fui para sanar dúvidas e saí com pares delas. A mais intrigante, inclusive com a voz da pessoa que me atendeu, ficou martelando na minha cabeça: "Quais são os seus vínculos com o Brasil?" 
O consulado pede alguns documentos que provem que você não está indo lá para morar, garantias que vai voltar para o seu país. Matrículas, certidões, escrituras de imóveis, documentos de carro. E meu maior vínculo sou eu mesma. Eu nasci aqui no Brasil, aqui no Paraná e aqui morei por toda minha vida. Tenho uma família, amigos, todos esperando que eu volte. E esta não é a melhor parte da partida? Saber que você tem para onde voltar, que tem uma cama na casa dos teus pais e um amor com o qual você planeja passar o resto dos seus anos.
Aqui no Brasil, a minha casa pelos últimos 11 anos tem sido Maringá. Nasci em Umuarama e morei em várias cidades: Apucarana, Santo Antônio da Platina, Cornélio Procópio. Depois que minha família se estabeleceu aqui, em 2001, ainda fui para Londrina (onde fiz faculdade) e Curitiba (trabalhei por três meses lá), mas continuei considerando aqui a minha cidade.

Demorei para gostar de Maringá, não foi uma paixão à primeira vista. Aprendi com muita paciência e o sentimento que me ligou à cidade foi o amor. Aquele amor sem sobressaltos que faz você respeitar o outro e, acima de tudo, desejar o melhor a ele.
Ontem, ao completar 65 anos, ao acompanhar dezenas de homenagens à cidade, ficava nostálgica ao pensar que, ao voltar dos Estados Unidos, devo recomeçar em Curitiba. Mas Maringá, os amigos que fiz aqui e meus pais estarão a alguns quilômetros de distância e não hesitarei em voltar para estes braços quando a saudade apertar. 
Como um documento vale mais do que isto? Sei que estou sendo insensata, por isto já preparei a minha pasta com declarações, que representam formalmente o que sou, para encarar esta etapa. 





*para ilustrar este post, fotografias minhas da Capela São Bonifácio, a mais antiga de Maringá, localizada no Cidade Alta e construída antes da cidade se emancipar. Só conheci o local este ano, uma vergonha para uma maringaense, por isto recomendo a todos que ainda não conhecem que separem umas horas de um fim de semana para gastar lá. Também vou indicar algumas reportagens sobre a capela publicadas em O Diário (aqui, aqui e aqui) e um vídeo do  blog Maringá Histórica.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Reta final: dia 30

Pronto! Agora falta menos de um mês para eu viajar. Não quis pegar mais no guia de Nova Iorque para não ficar muito ansiosa. Estou deixando o tempo passar e tenho feito tanta coisa que não consigo me focar na viagem. Não sei quando começo arrumar a mala - sim, a mala, porque eu sou esquecida e se não trabalhar bastante em cima disto vou deixar coisas essenciais como a máquina fotográfica! =)
Amanhã também tenho um horário marcado no despachante. Sim, acabei me rendendo e vou lá para uma consulta dos documentos, ver se selecionei as opções certas no formulário do visto, pegar dicas sobre como me inscrever e pagar a Sevis e tudo isto. 
Continuo no jornal até o dia 18 e isto tem me deixado triste. Não foi fácil conseguir um emprego como jornalista e sempre me esforcei muito (e continuo me esforçando) para sentir que estou no lugar certo. Mas fazer as coisas com o coração dividido não é minha cara. Por isto vou realizar em três meses dois sonhos: estudar fora e, quando voltar, ir para Curitiba ficar com o namorado após 2 anos e meio morando em cidades separadas.
Uma das coisas que mais me encantam no jornalismo é poder conhecer pessoas extremamente diferentes caso não fizesse isto. E ano passado entrevistei um numerólogo que fez algumas observações sobre a minha vida pela data de nascimento (falei porque era a forma dele explicar como funcionava a numerologia) e ele tinha dito que 2011 estava sendo um ano excelente para mim e que 2012 seria tão bom quanto, embora não fosse perceber porque era o ano de construir as bases para o meu futuro.
Bom, sou daquelas. Não admito que acredito nestas coisas mas não deixo de bater três vezes na madeira. E não ia ligar caso ele esteja certo. Só espero que o mundo não acabe em 2012 e que eu consiga construir algo por cima destas bases!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Detalhes simples que são os mais importantes

Não, este não é um post diretamente ligado à viagem...Ainda estou esperando um tal de programa na internet que transcreve as gravações (se alguém da turma 54 de jornalismo da UEL ler isto deve entender na hora!), mas enquanto isto não vem tento recuperar um post que estava escrevendo na minha cabeça cinco minutos atrás enquanto estava no elevador esfregando o meu joelho para não doer após uma caminhada.
Hoje fiquei entretida no trabalho e simplesmente me esqueci que tinha prova de francês. Já tinha estudado, ainda mais depois de ter ido muito mal na outra prova do curso (faço dois semestres em um), mesmo assim saí do jornal, peguei o carro e vim para casa. Quando cheguei, morta de fome fui atacar o armário da cozinha e, na hora de tirar o tênis veio o estalo: "a prova!"
Detalhe, a aula já tinha começado quando saí de casa, precisei tirar o carro da garagem dando a vez para outros dois que estavam entrando e enfrentei o trânsito das seis, mas beleza. Só sei que fui reclamando com meus botões e reclamando também porque eu sou uma pessoa chata que não para de reclamar. Consigo até reclamar da minha reclamação, aposto que não é coisa que qualquer um consegue.
Depois pensei que só uma pessoa muito sem noção poderia reclamar tanto, afinal, depois de muito tempo minha vida está entrando nos eixos que eu sempre quis (mesmo sem saber exatamente o que eu queria) e não há necessidade de tanto nervosismo...
Aproveitei que não fui tão mal assim nesta segunda prova e fui caminhar, curtindo aquela temperatura amena ao redor do Bosque II. Dez minutos de caminhada e meu espírito reclamão voltou. Comecei a contar quantos magros e quantos gordinhos (não gosto de usar gordinho, mas também não dá para usar gordos, porque não havia nenhuma pessoa extremamente acima do peso lá). Para vocês saberem, parei quando a conta deu 10 no primeiro time e 5 no outro.
Quando já estava quase sem fôlego e vi que o tempo não passava resolvi matar uns minutos na Academia da Terceira Idade (ATI) - aquilo cansa, tá?
E como são belas as crianças que falam outra língua...lá na ATI conheci uma bela de cinco anos brincando nos aparelhos e hablando castellano..."Ela não quer ir embora", disse a avó, "ela está encantada com Maringá. Acorda cedo para ver o sol e à noite fica olhando para a lua. Ela veio do Equador e há meses que lá só chove, então o tempo daqui é uma novidade que ela quer aproveitar"...
Mais uma imagem de ontem à noite. A bela deve ter apreciado a lua ontem. Hoje eu sei que ela, com seus 5 anos, apreciou
Fiquei tão encantada com a belinha e com sua natureza que tive vergonha e prometi tentar aproveitar ao máximo todos os sóis e luas que eu ver daqui para frente. E, claro, guardar ao menos uma situação simples e essencial como esta para contar nos posts que vierem.

domingo, 6 de maio de 2012

Documentos e mais documentos

Estou totalmente perdida em meio a tantos documentos e questões burocráticas que preciso resolver antes de viajar. Embarco em pouco mais de um mês e o que tem tirado meu sono é o visto para os Estados Unidos. Em 2007 tirei o visto de turista, que vence neste ano, mas como estou indo para estudar, preciso ter um novo. Resolvi fazer tudo sozinha e não contratar despachante. Na semana passada houve mudanças no sistema e falam que ficou mais fácil. Vou testar!
Mas o tenso é que para a entrevista preciso ter o I-20, um documento de uma via da escola em que consta que eu estou matriculada e indo realmente para estudar. Este documento demora de 20 a 30 dias para chegar e preciso ter ele para me inscrever e pagar uma outra taxa, a Sevis. O meu I-20 precisa chegar na semana do dia 20, porque a minha entrevista no consulado é dia 24 de maio e no dia anterior vou no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV), ambos em São Paulo (SP).
Achei que minha confusão com o passaporte ia complicar a entrevista para o visto, mas não teve muito problema. Para o F-1 não tem fila.
Sobre o passaporte...eu simplesmente me esqueci que ele é um documento com validade. Quando a atendente da agência me pediu uma cópia para a escola, eu escaneei e na tela do computador que fui perceber: meu passaporte vencia em julho...Como para viajar e solicitar o visto eles pedem uma validade mínima de seis meses, já entrei no site da Polícia Federal solicitar o meu..e consegui marcar o meu na outra semana. Paguei a taxa, fui lá dar entrada e esperei 5 dias. Agora já estou com ele na mão e como a agência tinha mandado os documentos para a escola, não atrapalhou...
Sorte que em Maringá o passaporte não está demorando. Fomos agendar para o namorado tirar o dele lá em Curitiba no feriado da Páscoa e só conseguimos horário em junho. Escrevi este post só para situar os leitores, já que daqui umas duas semanas vou escrever contando como foram as coisas no consulado e se consegui meu visto. Afinal, com curso, hospedagem e passagem certos, é o que falta para eu começar a fazer as malas!
Para deixar o post um pouco mais leve, umas fotografias deste domingo (6 de maio) nesta cidade linda que é Maringá...Vou sentir saudades...

Na Festa das Canções
O "dia" da lua foi no sábado, mas só consegui uma imagem boa depois do anoitecer de domingo