1ª Parada LGBT de Maringá (fotos de Poliana Lisboa) |
No sábado, fui a minha última aula de inglês aqui no Brasil e, à tarde, no francês depois de algumas faltas seguidas. É muito estranho tentar comparar as duas línguas. O inglês com tempos verbais enxutos e sons bem parecidos com o sotaque do norte-paranaense, enquanto o francês tem tantas conjugações quanto o nosso português mas sons que parecem impossível para mim. E mesmo assim, palavras iguais, como fim de semana e licença (essa não dá para esquecer já que eu chego atrasada em toda aula e não dá para não pedir).
O motivo do atraso na aula de inglês de sábado foi nobre: fui no foto tirar uma fotografia 5 X 5 cm para o formulário DS-160 e para levar ao consulado dos EUA no dia 24. Cabelo para trás das orelhas e ombros, fundo branco, maquiagem para esconder a cara de sono. Aquela situação constrangedora e o fotógrafo me perguntou se eu não queria sorrir, já que para o visto eles permitem. Achei melhor não. Já cheguei a uma conclusão na minha vida - não foi difícil - de que foto de documento não é para ficar bonita e nem simpática. Não gosto de aparecer em foto. Quando sou obrigada, pior ainda. Então, nada mais normal do que sair com aquela cara de estou-assustada-mas-queria-muito-que-vocês-me-dessem-o-visto!
Como tinha até domingo para enviar o formulário com a foto, claro, deixei para finalizar no último dia e fui com meus pais dar uma volta na 40ª Expoingá. Conheço muita gente que não curte, muitas pessoas e tudo muito caro apesar da qualidade. Para mim, exposição é infância. Meu pai é agrônomo e saíamos de Umuarama ou Apucarana para Londrina ou Maringá quando era época. Vi dezenas de shows no ombro do meu pai no meio daquela muvuca, fiz ele e minha mãe perderem outros quando, depois de horas guardando o lugar, resolvia ir ao banheiro minutos antes dos shows e não conseguíamos voltar.
E sábado fomos na expo, comer cachorrão de 23 cm (duvido desta medida) e assistir um pouquinho do rodeio. Conseguimos ficar no palco, olhando os peões e os touros de cima em um dos poucos lugares que estava tranquilo para circular.
No domingo, enquanto a concentração para a Primeira Parada LGBT de Maringá começava na praça da prefeitura, eu estava sofrendo com o scanner de casa. Tenho um problema sério com impressoras. Apesar de saber que este é um problema generalizado, na hora acho que é pessoal. Desde a primeira impressora que tivemos, até no trabalho, elas só funcionam quando querem e é claro que a 3 em um aqui de casa não queria funcionar no domingo.
Tudo deu certo graças à disposição do meu pai que foi no escritório dele buscar uma impressora 3 em um que estava na caixa ainda e funcionou depois de dois sustos e quase ganhar um passeio até o térreo (saindo aqui do 15º andar). Assim que imprimi o formulário - último papel que faltava para a minha pasta de 500 gramas de documento - fomos para a rua acompanhar a parada.
Encontrei vários colegas de trabalho no meio da muvuca e tirei algumas (centenas de) fotografias...Achei incrível o número de famílias presentes e a alegria de todos. Voltei para casa com algumas músicas da Madonna e Lady Gaga na cabeça (por que será?) e não pude deixar de estranhar quando organizadores falaram da presença de 5 a 8 mil pessoas. Nas contas da família Lisboa, exagerando, éramos em 3,5 mil.
Curiosos... |
O cachorro arco-íris |
nao keria ter perdido a parada!!!! mas acontece.... bjss
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